"É raro encontrar alguém que não queira se relacionar bem. Ter uma pessoa ao lado que traga sensação de segurança, apoio, carinho, prazer. Alguém que você admire… e que admire você. E ao mesmo tempo permitindo que o outro seja como ele é, com seus defeitos, dificuldades, esquisitices, assim como você espera ser aceito como é.
Mas, o que se vê nas relações afetivas é cada vez menos tolerância, e cada vez mais cobrança. Um jogo onde um busca mudar o outro. Entram elementos de chantagem, manipulação, vitimismo, agressividade…
Um parceiro se sente no direito de querer mudar o outro, porque vê nele coisas que não entende e não aceita.
Um parceiro se sente no direito de querer mudar o outro, porque vê nele coisas que não entende e não aceita.
Na fantasia dele, a atitude do outro é “contra ele”! E o outro também quer mudar você. Como é um jogo, às vezes um assume a postura do “coitado” e não abre a boca. Faz tudo o que é falado, buscando agradar. E o outro assume a postura do inquisidor, da pessoa que sabe o que é o correto, e busca impor sua vontade a ferro e fogo.
Essa brincadeira, que pode ser extremamente dolorosa e até violenta, não tem fim. Até que um dos dois, como uma criança emburrada, resolve “pegar a sua bola” e ir embora.
Sim! Eu comparo este tipo de situação a uma brincadeira de crianças, porque na raiz do problema, estão emoções infantis mal resolvidas. Eu quero isso! Não, eu quero isso! Você não tem direito! Eu cheguei primeiro! Mas eu mereço! Então, se você fizer isso, eu faço aquilo… E por aí vai…
A única questão é que, quando a relação chegou num nível desses, todos são feridos. Uma “criança emburrada”, na fase adulta, pode fazer coisas extremamente duras, cruéis, violentas. Não há vencedores, e muitas vezes, os filhos da relação “aprendem” que uma relação é uma competição insana entre homem e mulher. Mesmo que não haja brigas aparentes, eles sentem a falta de harmonia do casal. E depois que crescem, repetem a mesma história, pois a mente humana reproduz e atrai os modelos gravados dentro de si. Sendo vítima ou agressor, ou as vezes se revezando nos papéis, o jogo é o mesmo: o jogo da raiva, da mágoa e incompreensão entre o masculino e o feminino.
A única questão é que, quando a relação chegou num nível desses, todos são feridos. Uma “criança emburrada”, na fase adulta, pode fazer coisas extremamente duras, cruéis, violentas. Não há vencedores, e muitas vezes, os filhos da relação “aprendem” que uma relação é uma competição insana entre homem e mulher. Mesmo que não haja brigas aparentes, eles sentem a falta de harmonia do casal. E depois que crescem, repetem a mesma história, pois a mente humana reproduz e atrai os modelos gravados dentro de si. Sendo vítima ou agressor, ou as vezes se revezando nos papéis, o jogo é o mesmo: o jogo da raiva, da mágoa e incompreensão entre o masculino e o feminino.
Uma história de maldades e dor
Talvez você não tenha consciência, mas o seu passado familiar é repleto de maldades e dores que ocorreram nas relações entre homens e mulheres. Traições, agressões, submissões, jogos de sedução, famílias paralelas, filhos abandonados, abortos provocados, noivas e namoradas deixadas para trás, chantagens, golpes do baú, sequestros, casamentos sem amor, mentiras, segredos, agressões sexuais… É lógico que também existiram boas relações e amor…
Mas o que desejo chamar a atenção é que, se na sua vida existe dificuldade de ter uma relação construtiva, livre, harmoniosa, que lhe dê prazer e alegria, é simplesmente porque talvez uma parte de você ainda esteja presa, inconscientemente, a uma programação do passado, que atrai o jogo do sofrimento. Pela constelação familiar sistêmica, descobrimos que esta programação vem de muitas e muitas gerações. É comum uma pessoa olhar para os pais, e ver que eles não tinham uma relação tão ruim. Porém, a questão é que talvez a competição e intolerância na relação estavam embutidas, como um vírus no sistema que não se manifesta totalmente. E aí, na sua vida, este vírus eclode, vem com tudo, trazendo situações problemáticas e difíceis.
A solução? Olhe para si. Perceba quais são os reais sentimentos que você tem em relação ao sexo oposto. Tanto faz se você é homem ou mulher, veja como você vê o “homem dentro de si”. E como você vê “a mulher dentro de si”. Também não importa se você é heterossexual ou homossexual, porque o problema com o masculino e o feminino interno irá se manifestar na sua relação afetiva.
Talvez você não tenha consciência, mas o seu passado familiar é repleto de maldades e dores que ocorreram nas relações entre homens e mulheres. Traições, agressões, submissões, jogos de sedução, famílias paralelas, filhos abandonados, abortos provocados, noivas e namoradas deixadas para trás, chantagens, golpes do baú, sequestros, casamentos sem amor, mentiras, segredos, agressões sexuais… É lógico que também existiram boas relações e amor…
Mas o que desejo chamar a atenção é que, se na sua vida existe dificuldade de ter uma relação construtiva, livre, harmoniosa, que lhe dê prazer e alegria, é simplesmente porque talvez uma parte de você ainda esteja presa, inconscientemente, a uma programação do passado, que atrai o jogo do sofrimento. Pela constelação familiar sistêmica, descobrimos que esta programação vem de muitas e muitas gerações. É comum uma pessoa olhar para os pais, e ver que eles não tinham uma relação tão ruim. Porém, a questão é que talvez a competição e intolerância na relação estavam embutidas, como um vírus no sistema que não se manifesta totalmente. E aí, na sua vida, este vírus eclode, vem com tudo, trazendo situações problemáticas e difíceis.
A solução? Olhe para si. Perceba quais são os reais sentimentos que você tem em relação ao sexo oposto. Tanto faz se você é homem ou mulher, veja como você vê o “homem dentro de si”. E como você vê “a mulher dentro de si”. Também não importa se você é heterossexual ou homossexual, porque o problema com o masculino e o feminino interno irá se manifestar na sua relação afetiva.
O que você espera de um parceiro, de uma parceira?
Você confia a ponto de entregar o seu corpo, a sua segurança, o seu espírito àquele ou àquela que você ama?
Você está pronto para servir, apoiar e amar incondicionalmente o outro?
E como está a sua autoestima?
O quanto você está delegando a outra pessoa o dever de fazê-lo feliz, seguro, acariciado… isso porque você não se banca, e se acha infeliz, inseguro e mal amado?
Fato é que as relações afetivas só entram em crises profundas porque não olhamos para nossas emoções dolorosas, que são herdadas da nossa infância, e também dos nossos pais e do nosso sistema familiar, e exatamente por isso – já que emoção é energia pura, atraímos parceiros que irão fazer com que estas emoções venham à tona. Para que? Para serem curadas… Em resumo, um parceiro, qualquer que seja, surge em nossa vida para desenvolvermos a nossa capacidade de cura, compaixão e amor. Em primeiro lugar, por si. E quase ao mesmo tempo, pelo outro.
Fato é que as relações afetivas só entram em crises profundas porque não olhamos para nossas emoções dolorosas, que são herdadas da nossa infância, e também dos nossos pais e do nosso sistema familiar, e exatamente por isso – já que emoção é energia pura, atraímos parceiros que irão fazer com que estas emoções venham à tona. Para que? Para serem curadas… Em resumo, um parceiro, qualquer que seja, surge em nossa vida para desenvolvermos a nossa capacidade de cura, compaixão e amor. Em primeiro lugar, por si. E quase ao mesmo tempo, pelo outro.
Relações de prazer e amor incondicional
Tenho visto pessoas realizarem corajosamente este caminho de autoinvestigação. Pessoas que assumem a responsabilidade plena pela própria cura, e portanto, pela própria felicidade. Após passarem por situações repetidas de problemas nas relações, começam a entender, pela dor, que deve ter alguma coisa dentro de si atraindo as más relações. E o mais bonito é ver que, subitamente, estas pessoas aparecem com um rosto brilhando, olhos alegres. “Está amando”, eu penso. E confirmo logo depois, na fala delas.
Porém, é um amor maduro. Imagine você que, ao tomar posse da própria vida, percebe que o medo, a insegurança, a dúvida, o conflito, estavam dentro de si, e aos poucos, vai desativando estes mecanismos que detonam qualquer envolvimento sadio. Imagine você amando e indo além destas emoções. Veja bem: não é uma negação das emoções, mas um “ir além”.
Tenho visto pessoas realizarem corajosamente este caminho de autoinvestigação. Pessoas que assumem a responsabilidade plena pela própria cura, e portanto, pela própria felicidade. Após passarem por situações repetidas de problemas nas relações, começam a entender, pela dor, que deve ter alguma coisa dentro de si atraindo as más relações. E o mais bonito é ver que, subitamente, estas pessoas aparecem com um rosto brilhando, olhos alegres. “Está amando”, eu penso. E confirmo logo depois, na fala delas.
Porém, é um amor maduro. Imagine você que, ao tomar posse da própria vida, percebe que o medo, a insegurança, a dúvida, o conflito, estavam dentro de si, e aos poucos, vai desativando estes mecanismos que detonam qualquer envolvimento sadio. Imagine você amando e indo além destas emoções. Veja bem: não é uma negação das emoções, mas um “ir além”.
Em posse desta maturidade emocional, quando o parceiro apresenta medo, insegurança, vontade de brigar, você sorri… e acolhe. Não vê como pessoal. Porque já criou amizade com suas emoções doloridas.
É como uma mãe acolhedora, pode receber em seus braços o amado, que temporariamente se descontrolou com suas emoções. E lógico, pela lei da atração, o seu parceiro, que sempre está num nível igual ao seu, também estará pronto para amparar você, em outras situações.
Não há necessidade de perfeição.
De fingimentos.
A relação é transparente, honesta e livre.
Cada um tem a própria vida. Você se mostra extremamente forte, exatamente porque não recusa a sua fragilidade. Sabe que o ser humano possui altos e baixos, e assim, respeita os altos e baixos do outro. E agradece profundamente os momentos em que pode verdadeiramente apoiar seu amado, e ao mesmo tempo, agradece profundamente ser apoiado quando suas energias estão baixas.
Esse é o amor puro, que irá fluir na sua relação afetiva. É um caminho totalmente possível. É um caminho para você despertar para o amor incondicional que existe dentro de si.
Esteja consciente: cada relação que você teve e tem, é um passo nesta jornada. Agradeça. Aprenda a lição, e dê mais um passo rumo ao amor.
O amor que liberta!"
(Com reverência e muita admiração aos irmãos Alex Possato e Antonio Tuco Gabriel)
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