quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Pensamento Compulsivo...

Penso, Logo, Tenho Medo...

"... vou procurar transcrever através da limitação das palavras, tudo que solitariamente assisti mediante os monólogos que surgiram em minha mente.
O pensamento compulsivo é o grande responsável pelo conflito humano. É ele quem cria as mais variadas formas de conflitos resultantes do uso do abuso da vontade humana.


Ele vive do tempo psicológico e no tempo psicológico. Projeta situações de prazer ou de terror, nuvens cor-de-rosa ou extremamente carregadas; não existe meio termo, não existe céu azul. Nunca está no agora.

O pensamento compulsivo produz uma vasta gama de sentimentos desconexos. Cria imaginários diálogos internos, cenas, imagens sempre no tempo futuro, ou então, mantém-se amarrado no remorso das atitudes passadas. Ele é a fonte de toda dependência, co-dependência e padrões de comportamentos dependentes.

Um dos seus maiores alimentos está na identificação por parte do pensador com as projeções e medos gerados pelo pensamento. Quanto mais identificação, mais medo, quanto mais medo, mais pensamento, quanto mais pensamento, mais identificação, tendo assim garantida a perpetuação do ciclo do pensamento compulsivo.

O pensamento raramente projeta-se de forma positiva sem que haja um grande e constante esforço de nossa parte.

Sua tendência natural está no negativismo, no autossabotagem e por causa disso, hoje são muitos os livros e filmes que prometem por uma prática que possa levar ao poder do pensamento positivo, o que, com pouco tempo de prática se mostra disfuncional.
Um ótimo e atual exemplo está no filme "The Secret". O pensamento, por si só, nunca será positivo; em última análise, sempre é fonte de conflito.

Somente quando é iluminado pela luz da inteligência é que pode ser benéfico. Sem essa luz, sempre se mantém auto-centrado, sempre se mantém na defensiva. O pensamento compulsivo sempre busca a satisfação imediata para si mesmo, nunca visando o bem-estar comum. A garantia pessoal de segurança é sua meta.

O pensamento nos impede de estar no aqui e agora, fazendo com que a existência seja um fardo a ser carregado.


Como pode existir uma real vivência do agora quando estamos condicionados a pensar ininterruptamente? Como pode existir a qualidade do amor onde existe a ação do pensamento compulsivo? Onde há a ação do pensamento compulsivo o que se manifesta é somente a paixão. É preciso ir além dos condicionamentos da palavra.

Segundo o dicionário "Aurélio", paixão significa sentimento ou emoção levados a um alto grau de intensidade, sobrepondo-se à lucidez e à razão. Esses sentimentos e emoções tem sua natureza exata no pensamento compulsivo, que não tem "lucidez", ou seja, que não tem penetração e clareza de inteligência; perspicácia; acuidade; funcionamento normal das faculdades mentais.


Hora, qual é a natureza exata da faculdade mental? Não seria o pensamento e a memória? E a memória não seria pensamento? Sendo assim, onde há paixão não pode coexistir a qualidade do amor. A calmaria do amor só pode existir na ausência do pensamento compulsivo. É por essa razão que o pensamento se identifica com o tédio, pois o pensamento não pode viver com a calma, ou seja, com a alma, com serenidade de ânimo.

É interessante notar que no mesmo dicionário acima citado, a própria palavra "ânimo" tem como representação o conjunto de palavras "alma, espírito, mente".

Em outras palavras, o pensamento impede a expressão natural da alma. Aqui também se faz necessário ir além do condicionamento que temos desta palavra. A palavra é só um símbolo e o símbolo está muito distante do simbolizado. O símbolo é quase sempre deturpado pela ação do condicionamento. Pela palavra alma entendo o conjunto das funções psíquicas e dos estados de consciência do ser humano que lhe determina o comportamento, embora não tenha realidade física ou material; espírito; condição de qualidade superior; essência.

Resumindo, alma seria o que há de mais profundo em nosso ser que nos faz ser.

Penso que os grandes escritores, os psicólogos e as diversas religiões só existem por causa do pensamento. De algum modo pagamos para que algum destes pense por nós, ou para nos ajudarem a colocar nossos pensamentos em seu devido lugar. Não sabemos, por nós mesmos, como "pensar certinho" e por essa razão, para acalmar os pensamentos, recorremos aos mesmos. É inacreditável o poder de criação de imagens geradas pelo pensamento, na maioria das vezes carregadas de medos infundados. O pensamento cria toda forma de medo e muito mais medo ainda quando nos atrevemos a observá-lo por nós mesmos.


Projeta racionalizações de que estamos sendo prepotentes, arrogantes e auto-suficientes e que precisamos sempre da sabedoria dos mais antigos, dos mais experientes para que possamos enxergar melhor. No entanto, dessa forma, como poderemos ser pessoas psicologicamente autossuficientes, não influenciadas, não condicionadas, capazes de ser uma fonte de luz para si mesmo?

É preciso estar sempre atento, vigiando sempre a ação do pensamento condicionado. Perceber seu movimento, sua sequência, sua sugestão, sua manifestação autocentrada.


Estar atento às fantasias que ele cria nesse constante movimento de projeção num futuro imaginário ou na recordação saudosista e/ou masoquista. É preciso perceber esse movimento pois a própria percepção funciona como uma espécie de "fio terra" que nos coloca em contato com a realidade dos fatos.

Todos os nossos deslizes comportamentais, todos os nossos mecanismos de autossabotagem são produtos dessa falta de "percepção", dessa falta de "presença" que é gerada pela percepção. Quando não há essa "presença", acaba ocorrendo toda forma de identificação com o falso, com o condicionado. A percepção é a luz para a realidade, e o real, só pode estar presente no agora, o resto é pura fantasia, ou seja, aquilo que não corresponde à realidade, mas que é fruto da imaginação. Imaginação é o condicionamento que temos de nos relacionar com imagens.
O real só está presente no agora.

É incalculável a quantidade de energia que desperdiçamos com a ação do pensamento compulsivo. Basta observar o tempo cronológico que perdemos assistindo internamente o perpassar das cenas, imagens, diálogos, monólogos, com seus desfechos quase sempre negativos que o pensamento compulsivo projeta. Depois, podemos tentar ir mais fundo ainda e observar as emoções, os sentimentos que essa espécie de "masturbação mental" produz - se me permite assim expressá-la -, a carga de adrenalina e os demais hormônios que por esta ação derramamos em nossos corpos.

Isso naturalmente gera todo um desgaste desnecessário, tanto das nossas células cerebrais como das células do nosso corpo. E vejo que é através desse comportamento que acabamos somatizando uma série de doenças físicas, ou se preferir, o estresse, a ressaca física.

(Vê se não me deixa aqui a sós com os meus pensamentos!)

O Vencedor...




"Eu estava observando algumas pequenas crianças jogando futebol. Aquelas crianças tinham apenas cinco ou seis anos de idade, mas estavam jogando um jogo real, um jogo sério. Dois times, completos, com técnicos, uniformes e pais. Eu não conhecia nenhum deles, assim eu podia desfrutar o jogo sem a ansiedade da vitória ou derrota. Eu os chamarei apenas de time Um e time Dois.

Ninguém marcou no primeiro tempo. As crianças estavam hilárias. Eram desajeitados e empolgados como só as crianças podem ser. Eles caíam em cima das próprias pernas, tropeçavam na bola, chutavam a bola e a erravam, mas eles não pareciam se importar. Estavam se divertindo!

No segundo tempo, o jogo ficou dramático. Eu acho que a vitória é importante mesmo quando se tem cinco anos. O time Dois faz o primeiro gol.

O goleiro do time Um deu tudo de si, atirava seu corpo em frente as bolas que vinham, tentando defender valentemente. O time Dois, cercou o goleiro e bola pra lá, bola pra cá: fez o segundo gol. Isto enfureceu o pequeno goleiro. Ele gritava com seus colegas e se empenhava com toda a força que podia. O time Dois faz o terceiro gol.

Eu logo descobri quem era o pai do goleiro. Ele tinha boa aparência, simpático. Eu podia apostar que tinha vindo direto do escritório, gravata e tudo. Ele gritava encorajando o filho.

Depois do terceiro gol o pequeno goleiro mudou. Ele viu que não podia parar o adversário. O fracasso estava estampado em seu rosto. Seu pai mudou também. Ele tinha incentivado seu filho, gritando conselhos e palavras de encorajamento. Mas então mudou; ele ficou ansioso. Tentou dizer que estava tudo bem mas ele sofria com a dor que seu filho sentia.

Depois do quarto gol, eu sabia o que ia acontecer. Eu já tinha visto isto antes. O pequeno está necessitado de ajuda, e não havia ajuda. Ele pegou a bola na rede e entregou ao juiz, e então ele chorou. Ele apenas ficou lá, parado enquanto lágrimas enormes rolavam bochechas abaixo. Ele caiu de joelhos, e então eu vi seu pai invadir o campo. Sua esposa ainda tentou segurá-lo,

- Jim, não. Você o deixará ainda mais embaraçado.

Mas o pai do menino ignora que o jogo está em andamento. Terno, gravata, sapato e tudo, ele corre até seu menino. E ele o abraçou e beijou e chorou com ele!

Ele carregou o menino e quando chegaram à lateral do campo eu escutei ele dizer,

- Filho, estou muito orgulhoso de você. Você foi grande. Eu quero que todos saibam que você é meu filho.
- Papai, - o menino soluçou - eu não consegui parar eles. Eu tentei, Papai, Eu tentei e tentei e eles fizeram o gol em mim.
- Filho, não importa quantos gols eles fizeram em você. Você é meu filho e eu estou orgulhoso de você. Eu gostaria que você voltasse lá e terminasse o jogo. Eu sei que você quer sair, mas você não pode. E filho, você vai levar gol outra vez, mas isto não importa. Continue, vá.

Isto fez diferença. Quando se está completamente só, e está levando gols, e não pode parar o adversário, é importante saber que isto não importa para aqueles que amam você. O pequeno moleque correu de volta ao campo. O time Dois fez mais dois gols, mas tudo bem.

E no jogo da vida, eu busco arduamente. Eu atiro meu corpo em todas as direções. Eu me esforço com todo o peso de meu ser. E quando levo os gols e as lágrimas vêm e eu me ajoelho desanimado, meu Pai Divino corre campo adentro, na frente da multidão inteira, a multidão que zomba e ri, e Ele me pega no colo, me abraça e diz

- Eu estou muito orgulhoso de você! Você esteve grande lá. Eu quero que todos saibam que você é Meu filho. E como Eu controlo o resultado do jogo, Eu lhe declaro o vencedor!"

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Onde Você Estiver, É Sempre o Início...


"Onde você estiver, é sempre o início.
É por isso que a vida é tão bela,
tão jovem,
tão nova,
tão fresca,
tão virgem...

Quando você começar a pensar que algo está completo, começará a ficar morto.
A perfeição é morta; assim, os perfeccionistas são suicidas.
Desejar ser perfeito é uma maneira indireta de cometer suicídio. Nada jamais é perfeito, não pode ser, porque a vida é eterna. Nada jamais se conclui; não existe conclusão na vida – apenas pontos cada vez mais elevados.
Quando você atinge um ponto culminante, um outro está desafiando-o, chamando-o, convidando-o.

Assim, lembre-se sempre de que onde você estiver é sempre um início. Então você sempre permanece uma criança, você permanece virgem.
E esta é toda a arte da vida: permanecer virgem, permanecer novo e jovem, não corrompido pela vida, não corrompido pelo passado, não corrompido pela poeira que normalmente se junta nas estradas da jornada.
Lembre-se: cada momento abre uma nova porta.

Isso é muito ilógico, porque sempre pensamos que, se houver um começo, deverá haver um fim. Mas nada pode ser feito. A vida é ilógica: ela tem um começo, mas não um fim. Nada que está realmente vivo jamais termina, mas segue continuamente em frente."


(Osho)

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Pai Nosso...

"Pai Nosso, que estás no céu, nos mares, nas matas e em todos os mundos habitados.

Santificado seja o Teu nome, pelos Teus filhos, pela natureza, pelas águas, pela luz e pelo ar que respiramos.

Que o Teu reino, reino do bem, do amor e da fraternidade, nos una a todos e a tudo que criaste, em torno da Sagrada Cruz, aos pés do divino salvador e redentor.

Que a Tua vontade nos conduza sempre para o culto sincero do amor e da caridade.

Dai-nos hoje e sempre a vontade firme de sermos virtuosos e úteis aos nossos semelhantes.

Dai-nos hoje e sempre o pão do corpo, o fruto das matas, a água das fontes, para o nosso sustento material e espiritual.

Perdoa se merecermos as nossas faltas e dê o sublime sentimento do perdão para os que nos ofendam.

Não nos deixeis sucumbir perante à luta, de dissabores, ingratidões, tentações dos maus espíritos e das ilusões pecaminosas da matéria.

Envia Pai, um raio de Tua divina complacência, luz e misericórdia para os Teus filhos que aqui labutam pelo bem da humanidade, a nossa irmã.

Que assim seja!"

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Luz de Uma Nova Era...


Você, que veio das estrelas
e deu o grande mergulho no mundo de matéria,
você, que veio das estrelas
e, com o sacrifício de sua própria origem cósmica,
abrigou-se num invólucro de carne.

Você, que veio das estrelas,
e abandonou a realidade universal para
habitar o mundo de ilusões,

Você, que veio das estrelas,
e que agora se sente estranhamente só,
esqueça-se de tudo e entregue-se aos
apelos de sua voz interna.

Ouça o que ela tem para lhe dizer, que
nada mais é tão importante,
nem mesmo os compromissos
com que o mundo tenta distrair sua visão cósmica.

Descobrirá que, na verdade, não está só,
que são muitos os seus irmãos das
estrelas que para cá também vieram
para estender a mão e amparar com
ombros fortes os passos da humanidade
nesta difícil época de transição.
Será fácil reconhecê-los, palavras não
serão necessárias,
e nem mesmo será preciso saber seus
verdadeiros nomes.

Saberá encontrá-los pela afinidade de suas energias,
pelo chamado de seus corações
e pela profunda identificação com seus sentimentos.

Você, que veio das estrelas, sente agora
no canto mais íntimo de sua alma,
que chegou o momento de encontrar, na Terra,
a sua família universal,
que chegou o momento do reconhecimento,
que chegou o momento da reunião de
todas as forças para a realização
da missão única de que todos se
incumbiram, antes de aqui chegarem.

Abra seu coração, acorde sua consciência
adormecida, apalpe seu ser interior,
deixe que ele fale, acima de tudo,
acima do mundo, acima de todos os conceitos
que não lhe permitem existir
em toda a sua potencialidade cósmica...

Você, que veio das estrelas, que é todo luz e é todo força,
libere-se, que chegou o tempo de abrir as
portas para uma nova era.

Você, que veio das estrelas,
eterno viajante do espaço,
compartilhando agora com tantos outros irmãos
uma experiência tridimensional e difícil,
não se deixe mais perder em momentos inúteis
que lhe trazem apenas solidão,
não se deixe mais seduzir pelas falsas luzes do asfalto,
assuma sua personalidade cósmica
estenda seus braços e, num único abraço,
envolva sua grande família, sua imensa
família universal e todos juntos,
com plena consciência da unidade de sua origem,
cada qual com a sua parcela de colaboração,
cumprirão com alegria e coragem
o maravilhoso trabalho de
conscientização da humanidade
para a chegada de um novo milênio!

E que assim seja e assim se faça!

Seja Bem vindo...

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Neant ou o Vazio Cheio de Ausências...

Quando já não há caminho...
Ou mesmo direção a tomar
É que devemos ainda mais buscar
Ir direto ao limiar.
E quando ao fim por lá chegares
Não mais importarão as dimensões ou lugares
Seja no meio do deserto ou nos sete mares,

Nas profundezas do Cheol
Ou nos mais altos ares,
Pois a diferença já não jaz nos lugares
Nem muito menos nos altares.
Mas no íntimo do Ser
Ou em seus olhares.

A perda de sentido faz parte do Neant,
Não há para onde correr,
Não adianta nem mesmo morrer.
Vale mais é preencher o Vazio do seu próprio Ser
Mesmo assistindo tudo a perecer,
Pois que a transmutação
faz parte da jornada
Aproveite então para renascer,
Mais uma vez,
Estando ainda na estrada
Apenas para poder entender,
Que lá no fim
Só existe o Nada . . .

8 Leis da Prosperidade segundo Bert Hellinger

1ª) Coloque-se em paz com seus pais. Agradeça e aceite sua mãe e seu pai como eles são e não como você gostaria que eles fossem ou tive...